sábado, 28 de agosto de 2010

Sobre o seu abraço_

Estava tudo errado. Estava tudo fora do lugar. Eu te olhei angustiada. Você sorriu. Eu fechei os olhos. E abri novamente. Você me olhava e não sabia o que estava acontecendo. Quer saber? Nem eu. Você abriu os braços. Outro alguém tentou te abraçar. Eu virei às costas. Você virou-se em minha direção. Eu olhei para traz. Você sorriu. Eu te abracei. Você me apertou e disse: _Hey, vai ficar tudo bem. Fica calma anjinho. Eu sorri, e você me apertou mais ainda. Segurança. È o que eu sempre sinto com o seu abraço.
Um mês se passou, e eu sempre lembrava das suas palavras e do seu abraço quando alguma coisa dava errado. Sorri pra você quando entrei. Você sorriu de volta. Estava quase tudo no lugar desta vez. Nenhum abraço naquele lugar era igual o teu. O tempo estava passando rápido demais. Eu estava indo embora. Esqueci de algo. Do teu abraço. Olhei para os lados aflita. Você apareceu na minha frente sorrindo. Eu sorri de volta e nos abraçamos. Você me apertou. Brinquei dizendo que estava ficando sem ar. Você riu. Eu disse que tudo estava melhor. E que as suas palavras ainda eram lembradas.
Sai correndo. Você nem me viu sair dos teus braços. Te olhei da ponta da escada e você sorria pra mim. Balançou a mão. Adeus. Eu disse bem baixo.
Teu semblante parece tão calmo pela manhã. Mas só te vejo de longe. Tem tanta gente no meio, não é mesmo? È, é sim. Você sorri de longe. Eu retribuo. Mas uma vez o tempo passa. Fiquei conversando. Olhar para os lados aflita te procurando já era rotina.
Te vi de costas, passei entre as pessoas. Toquei seu ombro por traz: _Pedro! Você sorriu, me abraçou. Pegou meu celular: _Como que tira foto nisso? Eu ria do modo como você batia o dedo na tela na esperança de desbloquear o celular. Você apertou o botão errado. Tirou do modo certo. Não fotografou. Gravou. Eu te olhei rindo: _Você gravou! Nós rimos. Você perguntou se estava tudo bem. Eu afirmei com a cabeça. Você riu e me abraçou novamente. Eu já disse o quanto me sinto segura no teu abraço? Já, já disse.
Todas as vezes que eu sinto que algo não está bem, a nossa foto ao lado da cama parece repetir as suas palavras. Olhando aquela foto eu até sinto teu abraço. Teu calor. Isso acontece sempre que eu preciso de um abraço. È só olhar a nossa foto. Nosso vídeo.
E eu sinto falta do seu abraço, quantos meses ainda terei de esperar para me sentir segura novamente?
Por @nathycatarino

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